É um conceito integrativo que desenvolve-se no mundo há muitas décadas; tendo como princípio não só a utilização de materiais biocompatíveis como a incorporação, no planejamento do paciente, da relação do sistema estomatognático com órgãos e sistemas do corpo humano. No Brasil, juntamente com o médico cardiologista e nutrólogo Dr. Lair Ribeiro (médico pioneiro na propagação da importância da relação da boca com os sistemas do corpo), criamos os tópicos mais importantes que fazem parte do que chamamos de odontologia biológica.

A terapia neural é uma medicina alemã desenvolvida em 1925 por dois médicos irmãos de sobrenome Huneke. Walter e Ferdinand Huneke descobrem como tratar diversas enfermidades crônicas via sistema nervoso vegetativo. Inserem na medicina biológica o importante conceito de campo interferente, o qual é definido por um foco de ruído passível de causar doença a distância. Verificam que os dentes podem impactar no corpo como campos interferentes geradores de doenças.

Conceito definitivamente incorporado à Terapia Neural, em 1958, pelo médico-dentista alemão Ernest Adler. Relaciona, especificamente, a conexão de cada dente com seu órgão/sistema respectivo.

Dr. Adler curava sistemicamente seus pacientes trabalhando em suas bocas; afinal, não existe um corpo sem boca e uma boca sem corpo.

Posteriormente ao Dr. Adler, e baseando-se no trabalho do mesmo, o médico alemão Reinhold Voll; com seus conhecimentos de fisiologia, medicina chinesa, anatomia e engenharia eletrônica, desenvolve um sistema que confirma a relação entre dentes e órgãos. Por exemplo, o dente canino, que é o dente da perfuração dos alimentos, da defesa, também está relacionado a fígado, vesícula biliar, olhos, ovários, testículos e quadril. O dente canino com um canal mal tratado pode ser a grande causa de uma patologia ocular, por exemplo.

É uma escola de oclusão desenvolvida no Brasil no início da década de 70 por Mário Baldani e Denizar Figueiredo, a qual define a importância da boca em relação à postura humana. Usa-se aparatologia intrabucal para corrigir distúrbios respiratórios, como ronco e apnéia noturna, e também nas disfunções têmporo-mandibulares, nos desvios de coluna e nas cefaleias crônicas.

Terapêutica usada em vários países, sobretudo Alemanha, país que iniciou o uso do gás ozônio com finalidade terapêutica. Pode ser usado de várias formas e tem potente ação antibacteriana, antifúngica e antiviral; sendo um forte antioxidante, passível de ser inserido nos protocolos odontológicos endodônticos, no tratamento periodontal, nos procedimentos cirúrgicos e muitos outros.

O mercúrio dos amálgamas dentários é um elemento de alto poder reativo nos tecidos humanos; o que pode comprometer a vida tanto do paciente, quanto do dentista, quanto do nosso ecossistema (pois, no Brasil, a quantidade de amálgama dentário que vai para o sistema de esgoto ainda é enorme!). O paciente deve, por exemplo, estar com máscara de oxigênio durante a remoção da restauração de amálgama ou ele irá inalar o mercúrio elementar (Hg0) rapidamente, o qual passará pela barreira hematoliquórica e bloqueará vias metabólicas e tecidos cerebrais. A literatura relaciona a toxicidade do mercúrio principalmente a estas doenças: esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, alzheimer, defeitos congênitos, diabetes, parkinson, artrite, câncer de mama, lúpus, tireoidite de hashimoto, leucemia, convulsão, problemas prostáticos, etc. Sabemos que este elemento e suas outras formas (como o mercúrio divalente/inorgânico, por exemplo) podem minar nossas vias metabólicas de forma considerável e ser uma causa importante no surgimento das doenças.

Não há possibilidade de manter a corpo e a boca saudáveis sem os nutrientes adequados, portanto faz-se necessária verificar a necessidade do paciente em relação as vitaminas e minerais. Por exemplo, no tratamento de uma doença periodontal teremos mais sucesso se o paciente receber os seguintes elementos, caso estejam em falta: vitamina D3, a vitamina A, a vitamina K2 e o magnésio Mg.

O uso de baixas doses de naltrexona faz-se necessário em determinadas situações odontológicas. O LDN (low dose naltrexone) vem sendo usado no mundo desde o ano 2000 com excelentes resultados sobretudo em doenças autoimunes. Somos precursores desta medicação na área odontológica, podendo ser usada tanto como medicação pré-operatória (com o intuito de melhorar o sistema imunológico, como em pacientes que possuem bruxismo.

A Odontologia Biológica Tralli incorpora o conceito free metal inclusive na instalação de implantes, optando pela biocompatibilidade maior dos implantes cerâmicos.